domingo, 30 de outubro de 2011

Abóboras?

Neste dia, em todo o mundo, certamente muitas abóboras choram o facto de os seus entes-queridos estarem a ser maltratados para servirem de adorno para mais um dia festivo que surgiu do nada. Sou totalmente contra! Razões simples até... não recebo doces e se aparecer à porta de alguém a dizer "Doce ou Travessura" das duas uma, ou levo três solhas na boca ou metem-me num asilo. A mãe comprou abóboras, numa de nos divertirmos neste domingo em que a hora até atrasou, afastou a segunda-feira só um bocadinho mais. Como é que eu ia cortar a abóbora sem que ela se apercebesse?

3 packs de cerveja, um baralho de cartas e um chapéu de palha mais tarde...





...ela nem sentiu nada!


Happy Halloween

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Dança da Chuva?

     Hoje parei um camião!
Anda tudo trocado. Quase um mês de preparação, expectativas num reboliço de altos e baixos constantes, algum receio à mistura e não esquecendo a preguiça claro.
A expedição 99 foi no fim-de-semana de 22 e 23 acampar para as belas zonas de Sintra. Pensando que ia ser um acampamento de verão em fins de Outubro deparamo-nos com o inevitável, vindo do belo site da meteorologia, ia chover a potes! Logo nos apressámos a avisar os pais que deviam condicionar bem a roupa e afins dos seus cachopos dentro de sacos de plástico para não haver surpresas desagradáveis. Os dos mais pequenos bem que se preocuparam, numa de mães e pais galinha. Já nós? Bem, nós já estávamos conformados. Raid preparado, jogos preparados, logística toda afincada e mala feita. Chegou dia 22 bem cedinho, custa tanto sair de casa ainda sendo noite. Indaguei sobre o facto de não estar a chover (ainda), mas enquanto tentava abrir os olhos fui ficando cada vez mais convencido que afinal até os sites de meteorologia se enganam. Metro, Comboio (viagem bem penosa, para meu espanto e admiro quem a tenha que fazer todos os dias), alguns bons metros a pé e o sol teimava em queimar (ainda bem!). Espalhar a chefia pelos postos, lançar os miúdos à aventura, advertí-los vezes e vezes sem conta sobre a filinha pirilau e o lado esquerdo da estrada e rapidamente se passou o dia. Humidades? Só se fosse do suor. Surpresas e mais surpresas, muita correria e animação e raspanetes de não se respeitar a hora de silêncio e a noite também se passou a correr.
Domingo veio meio chocho, mas àquela hora ainda estava longe a ideia de chuva...mas, ela apareceu, numa de Outono zangado porque acordou tarde e expulsou a água toda de uma vez. Coitados aqueles que foram apanhados no meio dessa fúria! Quem? Nós? Sim, depois do almoço levámos uma bela tareia molhada.
Chegar a casa, banho a ferver, pijama e para a semana haverá mais. Afinal de contas, estou contente por ter significado muito, quando na prática foi pouco.






Sobre o camião que parei? Sim, ia na passadeira!

sábado, 8 de outubro de 2011

:3

A vida é o que acontece quando se está ocupado com outras coisas. Foi basicamente isto que John Lennon quis deixar claro para que um dia mais tarde, quem estivesse numa de pensar que voltas deu até chegar aonde chegou, ficasse mais reconfortado porque haveria uma resposta garantida. Garantida é também a vontade de tentar contrariar tudo o que nos é exigido, dizem que faz parte do processo de crescimento, o chegar-se à frente, impor-se... e lá está, exigir-se a si próprio também. Levei muito, mas mesmo muito tempo a perceber isto. Foi também preciso repetir várias vezes a mim próprio que tenho que me levar mais a sério (o que também foi difícil). 
Se formos a ver bem... existe tanta coisa que quer contrariar o nosso bem-estar. A política, a economia, a matemática (pronto eu sei, isto é mais pessoalmente, mas meh...). Estaremos a criar uma geração de revoltados? Ou fomos apenas mal habituados? Uma coisa é certa... não me interessa absolutamente saber qual das alíneas está correcta. Problema não é o absentismo ou o não querer saber, são mais aqueles e aquelas por aí fora que pensam que encarar a realidade é como uma pega de touros e que há sempre pessoal que está à frente para amparar a cornada e um desgraçado atrás a segurar tudo pelo rabo. 
Gente da nossa idade, há sempre tantas maneiras de fazer com que tudo se torne trivial. A rotina que temos, a pressa que temos, a pouca vontade que mostramos contrasta com o muito que queremos fazer... e no fim de contas deparamo-nos numa sexta-feira à noite, em que se não fosse a dor de cabeça, dor de costas e pernas dormentes, não tínhamos percebido que a semana tinha passado a correr. Enquanto tentas fazer conta que não leste as mensagens ou que o telemóvel ficou nas outras calças, dás por ti a querer o teu refúgio ao invés de ires queimar o resto das forças que te sobram. Mas verdade seja dita, o fim-de-semana passa ainda mais depressa e a próxima semana custa sempre mais... 
Pijama? confere... Nesquik? ok... iPod? check... volto já então, vou abstrair-me do peso do mundo e acordar desolado porque voltou a cair-me nos ombros quando o despertador tocar.




"...Haunted by your grace
you know I'm falling
so cool without you
always on my mind
I hear you calling
[...]
till that day
I take you home
know that I'm waiting..."
<3

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Estado: Jamanta

De vez em quando queixo-me que nada era como dantes, mas a verdade é que nunca mais o vai ser… não se podem construir vedações à volta da vida, é apenas um processo a decorrer… tudo o que tens a fazer é continuar a caminhar… simples… há-de sempre vir algo novo.
Diz-se por aí que só se precisa de duas gerações de pessoas para se esquecerem do nosso nome. Eu pensava que isto era uma completa idiotice até que me apercebi que não me lembrava quase nada da minha avó, pior ainda da minha bisavó… duas gerações… e desapareço! Também nos dizem que vivemos através dos nossos filhos, mas como não tenho filhos essa teoria vai já por água abaixo. Podemos sim, viver através das nossas acções e isso é bonito, se descobrires a penicilina ou aterrares na lua. Quem é que se vai lembrar de mim como o rapaz magro que não se cala nem um bocadinho ou que bebe Pepsi a torto e a direito? Para mim e para ti, a gente comum, carne para canhão… quando a hora chegar ficamos por aqui e esperamos pelo próximo autocarro (basta acreditar que ele vem realmente). Então a melhor ideia é espalhar um bocado de felicidade enquanto estamos aqui e agora, brilhar um pouco nos cantos escuros. Fazer a diferença. Mesmo que erres, nunca desanimes. Se és capaz de sorrir quando tudo deu errado, é porque já descobriste em quem pôr a culpa.
Nem sempre se acerta no que toca a fazer diferença…
…e às vezes quando se acerta, resulta.
Estende a mão da amizade (mão essa que de vez em quando se vira contra ti), mas continua a estendê-la por aí e algum dia alguém a vai apertar… e tu podes fazer essa diferença, e quem sabe, um dia, podes provar essa teoria como errada. Toda a gente se vai lembrar do teu nome, não só porque estiveste ali, mas porque mostraste um pouco de luz, preencheste um vazio… fizeste a diferença.

domingo, 2 de outubro de 2011

...e é somente isto...

Fazer alguma coisa pela primeira vez na vida… sabes?
A primeira vez que fazes alguma coisa, primeira vez que lês um livro, a primeira vez que tu… deste um passo. Todas as primeiras grandes coisas que fizeste na vida… são sempre mais excitantes provavelmente a primeira vez que as fazes, no sentido em que tal como nós somos escuteiros agora, todos os escuteiros do mundo estão a tentar puxar uns pelos outros a fazer algo mais. Mas, é realmente difícil, apenas ir, pegar na mochila e acampar. É difícil aventurarmo-nos agora e sentir a mesma excitação. Tem que ser sobre algo mais… tem de ser sobre o que tens dado de volta, como estás a viver ou simplesmente com quem estás a partilhar isto tudo. E quando vês miúdos mais novos, estranhos a isto tudo, estranhos para o que para ti é dado como adquirido e vê-los a acampar… é como se aquela pureza da primeira vez que sentiste tudo voltasse… isto é divertido… e é somente isto… é uma viagem maluca... porque eu considero o grupo com que tenho estado, provavelmente os melhores escuteiros da história, mas, ao mesmo tempo... o que estava a ver à minha frente era o futuro... são estes miúdos, com mochilas maiores que eles a divertirem-se mais que ninguém...




Sê criança enquanto podes, porque amanhã pode sempre ser tarde demais...