terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Farto!

Sei que é quadra natalícia, a malta anda por aí a comprar mais do que a carteira aguenta. Mas quem é ela para mandar vir? Acho que reclama apenas por ter recibos a mais e notas a menos, mas acho que esse problema não é apenas da carteira mas sim dos proprietários das mesmas. Não estou aqui para reclamar com isso, desde o verão passado que pelo menos 2 em cada 5 canais televisivos abrem os seus programas noticiosos com alguma inflação do IVA ou taxas de juro que aumentam ou podem aumentar, portanto injeções de desmoralização levamos todos os dias em qualquer pedaço de papel com letras impressas ou em qualquer frequência de rádio que possamos apanhar. Cá eu apenas me queixo das pessoas que nos usam. Sim eu sei, não tem nada a haver com o que estava a falar inicialmente mas oh para mim preocupado. O termo "usar" fica na interpretação de cada um, cá eu tenho a minha. Tantos e tantos problemas... O problema da entreajuda é o sensacionalismo exacerbado que mostra que entre o querer e o poder existem sempre dualidades de critérios que levam avante a incapacidade de perceber intenções sinceras. Sim, é exactamente esta verborreia que acabei de expressar que dita tudo o que tenho na cabeça de momento. Um dia destes vou ter noção de tudo o que não tenho agora, mas neste momento tenho mais do que muitos. Chamem-me incauto, eu vejo-me como um visionário. Porque hoje sei como estás e como amanhã vais estar, ao contrário dos outros que só me vêm de costas (no puns intended). Enquanto houver Pepsi, não há vontade de atacar ninguém, porque até sou calmo demais para isso. Afinal de contas, o Natal está aqui e sei que vou receber meias e pijamas, portanto felicidade está assegurada.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

às vezes...

Sinto que hoje em dia tenho uma relação interpessoal e por vezes limitada (diga-se de passagem!) com o senso-comum. Não me censuro logo porque concordo que seja um defeito; Falho redondamente em perceber que por vezes este ímpeto mental em me imaginar rodeado de olhares de quem me julga por cada movimento, suave ou brusco é ridículo e infundamentado, mas acima de tudo continuo a tê-lo bem presente. Mentes inteligentes chamam isto de mania da perseguição, já eu, no meu perfeito défice cognitivo chamo-lhe medo. Quem é que pode julgar um instinto primordial? Instinto este que levou a que o homem tivesse necessidade de descobrir o fogo por exemplo. O mesmo fogo que afastou os vultos dos cantos escuros e que fez descobrir caminhos outrora escondidos. O medo é uma força natural, portanto acho natural que o tenha.
Ter uma ideia fundamentada da minha pessoa, independentemente das variações de humor é algo de sobrevalorizado na minha honesta opinião. Imaginamos sempre o melhor, temos sempre a noção de narcisismo presente, que fazemos tudo melhor que o outro alguém. Triste é o facto de na altura de ajustar contas ou prestar provas do mesmo falhemos redondamente. Estamos logo fora de jogo mesmo sem que o nosso adversário do dia-a-dia saiba que está em competição contra nós. Afinal de contas, por vezes somos o nosso próprio adversário; Nós, homens e os nossos limites! Chega a ser daquelas coisas que tem piada e que ao mesmo tempo não tem. Juro, que por vezes em rasgos de inocência penso ser sinónimo de anátema. Gostava de poder quantificar o desejo que tenho em repudiar e afastar estes pensamentos da minha cabeça maior parte do meu tempo, mas, o problema está nesta ambivalência em querer e poder, que por amor de Deus ainda não compreendi o porquê de ter sido alvo de tal perjúrio.
Mesmo que continue a sair gorado destas vicissitudes da vida não há outro remédio senão tentar contrariá-las. Não deixa de ser apático o sentimento de saber que por vezes batemos no fundo e que vemos o quanto estamos longe da superfície, cada vez que caímos no erro de olhar para cima e ver o que temos de subir. Notoriamente vejo que ainda estou longe da idade indicada para ter estas crises, mas será este um dos preços a pagar por se ter sido obrigado a crescer depressa? Gostaria eu de ter lido os efeitos secundários da fórmula da maturidade antes de resolver mandar-me de cabeça. Ontem tive noção disto tudo, quando vi mais que uma pessoa dirigir-se discursivamente a meu respeito, numa eloquência comovente ou veemência calculada. Fui inundado por este misto de orgulho e inquietude, mas talvez este seja também um efeito secundário da maturidade; Diferença esta que é um efeito benéfico.
Vou continuar a ter estes raciocínios assoberbados de dúvidas, mesmo que de forma lacónica e perentória note que é normal. Acho sinceramente que estar enxameado de mais questões do que respostas é algo que motiva a descobrir os porquês que resultam disto tudo. Um dia, se Deus quiser, vou acertar respostas à primeira, não vou ter medo de levantar o braço porque me vão julgar se erro e não vou ter medo de avançar naquele abraço que tanto quero dar mas não consigo. Lembrei-me agora de referir que pensava ser sinónimo de anátema, mas no entanto aclamam que sou sinónimo de abnegação, o que me deixa surpreendido. Não acredito que haja dualidade de critérios, mas não deixa de ser um binómio interessante. Afinal de contas, não é algo sub-reptício, mas sim reconhecimento por ser eu próprio ao invés de inventar facetas que se ajustem ao momento.



Verborreias à parte, estou apenas confiante demais... 

domingo, 30 de outubro de 2011

Abóboras?

Neste dia, em todo o mundo, certamente muitas abóboras choram o facto de os seus entes-queridos estarem a ser maltratados para servirem de adorno para mais um dia festivo que surgiu do nada. Sou totalmente contra! Razões simples até... não recebo doces e se aparecer à porta de alguém a dizer "Doce ou Travessura" das duas uma, ou levo três solhas na boca ou metem-me num asilo. A mãe comprou abóboras, numa de nos divertirmos neste domingo em que a hora até atrasou, afastou a segunda-feira só um bocadinho mais. Como é que eu ia cortar a abóbora sem que ela se apercebesse?

3 packs de cerveja, um baralho de cartas e um chapéu de palha mais tarde...





...ela nem sentiu nada!


Happy Halloween

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Dança da Chuva?

     Hoje parei um camião!
Anda tudo trocado. Quase um mês de preparação, expectativas num reboliço de altos e baixos constantes, algum receio à mistura e não esquecendo a preguiça claro.
A expedição 99 foi no fim-de-semana de 22 e 23 acampar para as belas zonas de Sintra. Pensando que ia ser um acampamento de verão em fins de Outubro deparamo-nos com o inevitável, vindo do belo site da meteorologia, ia chover a potes! Logo nos apressámos a avisar os pais que deviam condicionar bem a roupa e afins dos seus cachopos dentro de sacos de plástico para não haver surpresas desagradáveis. Os dos mais pequenos bem que se preocuparam, numa de mães e pais galinha. Já nós? Bem, nós já estávamos conformados. Raid preparado, jogos preparados, logística toda afincada e mala feita. Chegou dia 22 bem cedinho, custa tanto sair de casa ainda sendo noite. Indaguei sobre o facto de não estar a chover (ainda), mas enquanto tentava abrir os olhos fui ficando cada vez mais convencido que afinal até os sites de meteorologia se enganam. Metro, Comboio (viagem bem penosa, para meu espanto e admiro quem a tenha que fazer todos os dias), alguns bons metros a pé e o sol teimava em queimar (ainda bem!). Espalhar a chefia pelos postos, lançar os miúdos à aventura, advertí-los vezes e vezes sem conta sobre a filinha pirilau e o lado esquerdo da estrada e rapidamente se passou o dia. Humidades? Só se fosse do suor. Surpresas e mais surpresas, muita correria e animação e raspanetes de não se respeitar a hora de silêncio e a noite também se passou a correr.
Domingo veio meio chocho, mas àquela hora ainda estava longe a ideia de chuva...mas, ela apareceu, numa de Outono zangado porque acordou tarde e expulsou a água toda de uma vez. Coitados aqueles que foram apanhados no meio dessa fúria! Quem? Nós? Sim, depois do almoço levámos uma bela tareia molhada.
Chegar a casa, banho a ferver, pijama e para a semana haverá mais. Afinal de contas, estou contente por ter significado muito, quando na prática foi pouco.






Sobre o camião que parei? Sim, ia na passadeira!

sábado, 8 de outubro de 2011

:3

A vida é o que acontece quando se está ocupado com outras coisas. Foi basicamente isto que John Lennon quis deixar claro para que um dia mais tarde, quem estivesse numa de pensar que voltas deu até chegar aonde chegou, ficasse mais reconfortado porque haveria uma resposta garantida. Garantida é também a vontade de tentar contrariar tudo o que nos é exigido, dizem que faz parte do processo de crescimento, o chegar-se à frente, impor-se... e lá está, exigir-se a si próprio também. Levei muito, mas mesmo muito tempo a perceber isto. Foi também preciso repetir várias vezes a mim próprio que tenho que me levar mais a sério (o que também foi difícil). 
Se formos a ver bem... existe tanta coisa que quer contrariar o nosso bem-estar. A política, a economia, a matemática (pronto eu sei, isto é mais pessoalmente, mas meh...). Estaremos a criar uma geração de revoltados? Ou fomos apenas mal habituados? Uma coisa é certa... não me interessa absolutamente saber qual das alíneas está correcta. Problema não é o absentismo ou o não querer saber, são mais aqueles e aquelas por aí fora que pensam que encarar a realidade é como uma pega de touros e que há sempre pessoal que está à frente para amparar a cornada e um desgraçado atrás a segurar tudo pelo rabo. 
Gente da nossa idade, há sempre tantas maneiras de fazer com que tudo se torne trivial. A rotina que temos, a pressa que temos, a pouca vontade que mostramos contrasta com o muito que queremos fazer... e no fim de contas deparamo-nos numa sexta-feira à noite, em que se não fosse a dor de cabeça, dor de costas e pernas dormentes, não tínhamos percebido que a semana tinha passado a correr. Enquanto tentas fazer conta que não leste as mensagens ou que o telemóvel ficou nas outras calças, dás por ti a querer o teu refúgio ao invés de ires queimar o resto das forças que te sobram. Mas verdade seja dita, o fim-de-semana passa ainda mais depressa e a próxima semana custa sempre mais... 
Pijama? confere... Nesquik? ok... iPod? check... volto já então, vou abstrair-me do peso do mundo e acordar desolado porque voltou a cair-me nos ombros quando o despertador tocar.




"...Haunted by your grace
you know I'm falling
so cool without you
always on my mind
I hear you calling
[...]
till that day
I take you home
know that I'm waiting..."
<3

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Estado: Jamanta

De vez em quando queixo-me que nada era como dantes, mas a verdade é que nunca mais o vai ser… não se podem construir vedações à volta da vida, é apenas um processo a decorrer… tudo o que tens a fazer é continuar a caminhar… simples… há-de sempre vir algo novo.
Diz-se por aí que só se precisa de duas gerações de pessoas para se esquecerem do nosso nome. Eu pensava que isto era uma completa idiotice até que me apercebi que não me lembrava quase nada da minha avó, pior ainda da minha bisavó… duas gerações… e desapareço! Também nos dizem que vivemos através dos nossos filhos, mas como não tenho filhos essa teoria vai já por água abaixo. Podemos sim, viver através das nossas acções e isso é bonito, se descobrires a penicilina ou aterrares na lua. Quem é que se vai lembrar de mim como o rapaz magro que não se cala nem um bocadinho ou que bebe Pepsi a torto e a direito? Para mim e para ti, a gente comum, carne para canhão… quando a hora chegar ficamos por aqui e esperamos pelo próximo autocarro (basta acreditar que ele vem realmente). Então a melhor ideia é espalhar um bocado de felicidade enquanto estamos aqui e agora, brilhar um pouco nos cantos escuros. Fazer a diferença. Mesmo que erres, nunca desanimes. Se és capaz de sorrir quando tudo deu errado, é porque já descobriste em quem pôr a culpa.
Nem sempre se acerta no que toca a fazer diferença…
…e às vezes quando se acerta, resulta.
Estende a mão da amizade (mão essa que de vez em quando se vira contra ti), mas continua a estendê-la por aí e algum dia alguém a vai apertar… e tu podes fazer essa diferença, e quem sabe, um dia, podes provar essa teoria como errada. Toda a gente se vai lembrar do teu nome, não só porque estiveste ali, mas porque mostraste um pouco de luz, preencheste um vazio… fizeste a diferença.

domingo, 2 de outubro de 2011

...e é somente isto...

Fazer alguma coisa pela primeira vez na vida… sabes?
A primeira vez que fazes alguma coisa, primeira vez que lês um livro, a primeira vez que tu… deste um passo. Todas as primeiras grandes coisas que fizeste na vida… são sempre mais excitantes provavelmente a primeira vez que as fazes, no sentido em que tal como nós somos escuteiros agora, todos os escuteiros do mundo estão a tentar puxar uns pelos outros a fazer algo mais. Mas, é realmente difícil, apenas ir, pegar na mochila e acampar. É difícil aventurarmo-nos agora e sentir a mesma excitação. Tem que ser sobre algo mais… tem de ser sobre o que tens dado de volta, como estás a viver ou simplesmente com quem estás a partilhar isto tudo. E quando vês miúdos mais novos, estranhos a isto tudo, estranhos para o que para ti é dado como adquirido e vê-los a acampar… é como se aquela pureza da primeira vez que sentiste tudo voltasse… isto é divertido… e é somente isto… é uma viagem maluca... porque eu considero o grupo com que tenho estado, provavelmente os melhores escuteiros da história, mas, ao mesmo tempo... o que estava a ver à minha frente era o futuro... são estes miúdos, com mochilas maiores que eles a divertirem-se mais que ninguém...




Sê criança enquanto podes, porque amanhã pode sempre ser tarde demais...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

M(You)SIC

Podia dizer mil-e-uma coisas sobre a música, mas, vejo-me sempre ofuscado por certas verdades e meias mentiras. Uma coisa é certa, ela movimenta-me, levanta-me, acompanha-me, persegue-me (por vezes oníricamente), enche-me de ideias, acalma-me, irrita-me e apaixona-me. Orgulho-me de a perceber e uso-a com cuidado. Afinal de contas, tinha que haver alguém que me compreendia, mesmo que não falasse. Hoje experimento-te mais um bocadinho, sem exagerar, porque os dedos ficam rabujentos e porque a vida não é só diversão, e imaginação e bom ritmo é coisa que não cai do céu como a chuva (infelizmente).
O bom disto tudo são as variações de humor e as influências que temos a nível musical nos trocarem as voltas, ao ponto de que estamos numa de bossa nova, mas depois já estamos em tech metal. A culpa não é minha, é daquelas bandas fantásticas que me influenciam a torto e a direito - raios te partam TesseracT - mas isto é apenas o bonito da coisa. Posso não saber ensinar matemática ou como fazer uma neurocirurgia a um caracol albino, mas consigo por-me a teu lado, ensinar-te uns acordes e tirar-te as rodinhas da bicicleta... o resto do caminho é todo teu, não te desvies.



"Fans will often focus on the quintet's time signatures and musical complexity, but TesseracT are far from an exclusionary exercise in tech metal pomposity. They fully embrace their experimental, prog sensibility without excessive indulgence or pretentiousness; delivering atmospheric, metallic songs that stir strong emotions and evoke powerful mental images. All of which, they argue, is at the core surprisingly simple."

terça-feira, 27 de setembro de 2011

...

Cada um de nós é um ponto. Somos todos pequenos e insignificantes pontos espalhados por toda a face do planeta e só estamos aqui apenas por um piscar de olhos.
 O que fazemos durante esse piscar é tão importante, não apenas para nós mas para os outros também. Para os nossos amigos e para a nossa família. E nós temos que deixar algo, algum rasto de que estivemos aqui, como um astronauta deixa a pegada na lua – provas – porque se não o fizermos… se não deixarmos um rasto, então é como se não tivéssemos existido sequer e que nada fizemos com a nossa vida; E se esses pensamentos te atingirem quando estás a bater as ultimas… naquela fracção de segundo antes das luzes finalmente se apagarem, o que acontece quando te aperceberes que não fizeste nada com a tua vida? Que não tens ninguém, não lutaste por nada… mudaste nada. O que fazes nesse momento? Vives… ou desistes?
                Para saborear o fim, não interessa de que maneiras fugazes aproveitaste a tua vida com todos os seus sabores e dissabores. O fim deixa-te apreciar a vida… ajuda-te a perceber do que é que tudo se trata, porque ao final do dia, quando está tudo dito e feito e tu deres o ultimo suspiro… essa será a prova que viveste… o rasto de que aqui estiveste, a tua pegada na lua. Gente à volta da tua cama, nada mais interessa certo? Só a família!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pretensiosismo...


Pretensioso: adjectivo e substantivo masculino
1.    Que tem pretensões, presunção ou vaidade;
2.    Orgulhoso;
3.    Mania das superioridades, bronco, gabarolas (minha interpretação).

Talvez estou a ser injusto. Ou até não! Será injustiça a mais que alguém se aperceba que a realidade não é pré-fabricada? Queres algo, faz por merecê-lo e nunca pises os que realmente trabalham por se fazerem merecer, quando tu és apenas mais um dos inconscientes que nunca precisou de se preocupar com o dia de amanhã. Segue-te pelas mesmas regras dos demais, não contestes algo que te ultrapassa… ou serás apenas mais um anarquista? As regras existem porque 95% das vezes resultam para 95% das pessoas que as seguem. E os restantes 5%? Os restantes 5% têm de se reger pelas mesmas regras dos 95%, porque toda a gente pensa que pertence aos 5%... mas engana-se. É o problema de quem acha que tem tudo como garantido ou que não precisa de um meio para atingir um fim. Normalmente até são os seus próprios piores inimigos. Fazem-se acreditar de que algo é possível sem nunca pensarem em “senão”. Talvez um dia ironicamente, caiam na realidade… Pensam que têm liberdade de fazer e dizer o que querem sem que nada os afecte.
Liberdade? As pessoas ficam confusas sobre a Liberdade, enquanto conceito. E pensar que a liberdade tem a ver com os direitos humanos… liberdade de expressão, liberdade por associação, liberdade de crenças, etc. O significado da palavra tem vindo a ser distorcido para além do reconhecimento, dividido aos bocados como se pudesse ser quantificado. A Liberdade não é quantificável, não a podemos medir. É um sentimento que talvez possamos ter ou não. E lembrem-se do velho ditado, “A tua liberdade só acaba quando começa a de outro alguém.”

Faz um favor aos dois... fazes? dou-te uma caixa de Toblerones se fizeres uma pega de caras àquele Fiat Punto...

Talvez seja culpa do Karma mas...

...sabem aquelas alturas, estranhas, mas ao mesmo tempo melancólicas? Sim, aquelas alturas quando se vasculha no meio dos nossos pertences à procura de algo que precisamos urgentemente e encontramos sempre aquilo que menos esperávamos. Ou é uma foto (para quem não guarda tudo num álbum, perdoem-me talvez a minha desorganização), um objecto simbólico ou até mesmo encontrarmos aquilo que precisávamos ao lado de algo que nos diz respeito no que toca a recordações. Claro que, independentemente do que possas encontrar, lá vem a crise existencial, os clichés do costume, que queremos voltar a estes tempos ou que simplesmente estamos fartos da rotina do dia-a-dia (atenção, pode variar).
                Ter a noção que já fomos mais pequenos, inocentes e inconscientes assusta qualquer pessoa. Mas reparem que é estranho… toda a gente que já te deu conselhos deu a entender que tínhamos que abrir os olhos… estar conscientes do que fazíamos e do que estava ao nosso redor. Dizem que iremos melhorar, ficar mais contentes pois vamos estar mais abertos ao que aí vem. Mas o que ainda não consigo perceber é se… a melhor altura da nossa vida, aquela que guardamos e prezamos com toda a força e sentimento (leia-se: infância), foi passada inconscientemente, porque é que hoje já não resulta? Sim, eu sei… argumentos como responsabilidades, moralidades e mais coisas acabadas em ‘-ades’, vão sempre vir ao de cima, mas continua sem responder ao que preciso que seja dito. Desde quando é que uma pequena questão existencial como esta se tornou numa falsa dicotomia?
                E atenção que não estou a pedir para me desenharem uma circunferência perfeita a olho nu ou que me expliquem o paradoxo da força irresistível (que até este ultimo eu sei…), apenas peço que me digam se é possível vivermos inconscientemente. Contradizendo-me, eu sei que não é muito provável, mas reparem que muita coisa que se faz à nossa volta hoje em dia é feita de forma incauta, inconsciente… e não é por isso que o mundo pára, para melhor ou pior, acaba sempre por avançar. Cabe-nos a nós decidir de que lado ficamos. Einstein se estiveres a ler isto, faz um “Like”.

Isto tudo porque encontrei um pseudo-diário que comecei a escrever em 1999 e finda em 2003, sorte a minha…