sexta-feira, 30 de setembro de 2011

M(You)SIC

Podia dizer mil-e-uma coisas sobre a música, mas, vejo-me sempre ofuscado por certas verdades e meias mentiras. Uma coisa é certa, ela movimenta-me, levanta-me, acompanha-me, persegue-me (por vezes oníricamente), enche-me de ideias, acalma-me, irrita-me e apaixona-me. Orgulho-me de a perceber e uso-a com cuidado. Afinal de contas, tinha que haver alguém que me compreendia, mesmo que não falasse. Hoje experimento-te mais um bocadinho, sem exagerar, porque os dedos ficam rabujentos e porque a vida não é só diversão, e imaginação e bom ritmo é coisa que não cai do céu como a chuva (infelizmente).
O bom disto tudo são as variações de humor e as influências que temos a nível musical nos trocarem as voltas, ao ponto de que estamos numa de bossa nova, mas depois já estamos em tech metal. A culpa não é minha, é daquelas bandas fantásticas que me influenciam a torto e a direito - raios te partam TesseracT - mas isto é apenas o bonito da coisa. Posso não saber ensinar matemática ou como fazer uma neurocirurgia a um caracol albino, mas consigo por-me a teu lado, ensinar-te uns acordes e tirar-te as rodinhas da bicicleta... o resto do caminho é todo teu, não te desvies.



"Fans will often focus on the quintet's time signatures and musical complexity, but TesseracT are far from an exclusionary exercise in tech metal pomposity. They fully embrace their experimental, prog sensibility without excessive indulgence or pretentiousness; delivering atmospheric, metallic songs that stir strong emotions and evoke powerful mental images. All of which, they argue, is at the core surprisingly simple."

terça-feira, 27 de setembro de 2011

...

Cada um de nós é um ponto. Somos todos pequenos e insignificantes pontos espalhados por toda a face do planeta e só estamos aqui apenas por um piscar de olhos.
 O que fazemos durante esse piscar é tão importante, não apenas para nós mas para os outros também. Para os nossos amigos e para a nossa família. E nós temos que deixar algo, algum rasto de que estivemos aqui, como um astronauta deixa a pegada na lua – provas – porque se não o fizermos… se não deixarmos um rasto, então é como se não tivéssemos existido sequer e que nada fizemos com a nossa vida; E se esses pensamentos te atingirem quando estás a bater as ultimas… naquela fracção de segundo antes das luzes finalmente se apagarem, o que acontece quando te aperceberes que não fizeste nada com a tua vida? Que não tens ninguém, não lutaste por nada… mudaste nada. O que fazes nesse momento? Vives… ou desistes?
                Para saborear o fim, não interessa de que maneiras fugazes aproveitaste a tua vida com todos os seus sabores e dissabores. O fim deixa-te apreciar a vida… ajuda-te a perceber do que é que tudo se trata, porque ao final do dia, quando está tudo dito e feito e tu deres o ultimo suspiro… essa será a prova que viveste… o rasto de que aqui estiveste, a tua pegada na lua. Gente à volta da tua cama, nada mais interessa certo? Só a família!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pretensiosismo...


Pretensioso: adjectivo e substantivo masculino
1.    Que tem pretensões, presunção ou vaidade;
2.    Orgulhoso;
3.    Mania das superioridades, bronco, gabarolas (minha interpretação).

Talvez estou a ser injusto. Ou até não! Será injustiça a mais que alguém se aperceba que a realidade não é pré-fabricada? Queres algo, faz por merecê-lo e nunca pises os que realmente trabalham por se fazerem merecer, quando tu és apenas mais um dos inconscientes que nunca precisou de se preocupar com o dia de amanhã. Segue-te pelas mesmas regras dos demais, não contestes algo que te ultrapassa… ou serás apenas mais um anarquista? As regras existem porque 95% das vezes resultam para 95% das pessoas que as seguem. E os restantes 5%? Os restantes 5% têm de se reger pelas mesmas regras dos 95%, porque toda a gente pensa que pertence aos 5%... mas engana-se. É o problema de quem acha que tem tudo como garantido ou que não precisa de um meio para atingir um fim. Normalmente até são os seus próprios piores inimigos. Fazem-se acreditar de que algo é possível sem nunca pensarem em “senão”. Talvez um dia ironicamente, caiam na realidade… Pensam que têm liberdade de fazer e dizer o que querem sem que nada os afecte.
Liberdade? As pessoas ficam confusas sobre a Liberdade, enquanto conceito. E pensar que a liberdade tem a ver com os direitos humanos… liberdade de expressão, liberdade por associação, liberdade de crenças, etc. O significado da palavra tem vindo a ser distorcido para além do reconhecimento, dividido aos bocados como se pudesse ser quantificado. A Liberdade não é quantificável, não a podemos medir. É um sentimento que talvez possamos ter ou não. E lembrem-se do velho ditado, “A tua liberdade só acaba quando começa a de outro alguém.”

Faz um favor aos dois... fazes? dou-te uma caixa de Toblerones se fizeres uma pega de caras àquele Fiat Punto...

Talvez seja culpa do Karma mas...

...sabem aquelas alturas, estranhas, mas ao mesmo tempo melancólicas? Sim, aquelas alturas quando se vasculha no meio dos nossos pertences à procura de algo que precisamos urgentemente e encontramos sempre aquilo que menos esperávamos. Ou é uma foto (para quem não guarda tudo num álbum, perdoem-me talvez a minha desorganização), um objecto simbólico ou até mesmo encontrarmos aquilo que precisávamos ao lado de algo que nos diz respeito no que toca a recordações. Claro que, independentemente do que possas encontrar, lá vem a crise existencial, os clichés do costume, que queremos voltar a estes tempos ou que simplesmente estamos fartos da rotina do dia-a-dia (atenção, pode variar).
                Ter a noção que já fomos mais pequenos, inocentes e inconscientes assusta qualquer pessoa. Mas reparem que é estranho… toda a gente que já te deu conselhos deu a entender que tínhamos que abrir os olhos… estar conscientes do que fazíamos e do que estava ao nosso redor. Dizem que iremos melhorar, ficar mais contentes pois vamos estar mais abertos ao que aí vem. Mas o que ainda não consigo perceber é se… a melhor altura da nossa vida, aquela que guardamos e prezamos com toda a força e sentimento (leia-se: infância), foi passada inconscientemente, porque é que hoje já não resulta? Sim, eu sei… argumentos como responsabilidades, moralidades e mais coisas acabadas em ‘-ades’, vão sempre vir ao de cima, mas continua sem responder ao que preciso que seja dito. Desde quando é que uma pequena questão existencial como esta se tornou numa falsa dicotomia?
                E atenção que não estou a pedir para me desenharem uma circunferência perfeita a olho nu ou que me expliquem o paradoxo da força irresistível (que até este ultimo eu sei…), apenas peço que me digam se é possível vivermos inconscientemente. Contradizendo-me, eu sei que não é muito provável, mas reparem que muita coisa que se faz à nossa volta hoje em dia é feita de forma incauta, inconsciente… e não é por isso que o mundo pára, para melhor ou pior, acaba sempre por avançar. Cabe-nos a nós decidir de que lado ficamos. Einstein se estiveres a ler isto, faz um “Like”.

Isto tudo porque encontrei um pseudo-diário que comecei a escrever em 1999 e finda em 2003, sorte a minha…