segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Talvez seja culpa do Karma mas...

...sabem aquelas alturas, estranhas, mas ao mesmo tempo melancólicas? Sim, aquelas alturas quando se vasculha no meio dos nossos pertences à procura de algo que precisamos urgentemente e encontramos sempre aquilo que menos esperávamos. Ou é uma foto (para quem não guarda tudo num álbum, perdoem-me talvez a minha desorganização), um objecto simbólico ou até mesmo encontrarmos aquilo que precisávamos ao lado de algo que nos diz respeito no que toca a recordações. Claro que, independentemente do que possas encontrar, lá vem a crise existencial, os clichés do costume, que queremos voltar a estes tempos ou que simplesmente estamos fartos da rotina do dia-a-dia (atenção, pode variar).
                Ter a noção que já fomos mais pequenos, inocentes e inconscientes assusta qualquer pessoa. Mas reparem que é estranho… toda a gente que já te deu conselhos deu a entender que tínhamos que abrir os olhos… estar conscientes do que fazíamos e do que estava ao nosso redor. Dizem que iremos melhorar, ficar mais contentes pois vamos estar mais abertos ao que aí vem. Mas o que ainda não consigo perceber é se… a melhor altura da nossa vida, aquela que guardamos e prezamos com toda a força e sentimento (leia-se: infância), foi passada inconscientemente, porque é que hoje já não resulta? Sim, eu sei… argumentos como responsabilidades, moralidades e mais coisas acabadas em ‘-ades’, vão sempre vir ao de cima, mas continua sem responder ao que preciso que seja dito. Desde quando é que uma pequena questão existencial como esta se tornou numa falsa dicotomia?
                E atenção que não estou a pedir para me desenharem uma circunferência perfeita a olho nu ou que me expliquem o paradoxo da força irresistível (que até este ultimo eu sei…), apenas peço que me digam se é possível vivermos inconscientemente. Contradizendo-me, eu sei que não é muito provável, mas reparem que muita coisa que se faz à nossa volta hoje em dia é feita de forma incauta, inconsciente… e não é por isso que o mundo pára, para melhor ou pior, acaba sempre por avançar. Cabe-nos a nós decidir de que lado ficamos. Einstein se estiveres a ler isto, faz um “Like”.

Isto tudo porque encontrei um pseudo-diário que comecei a escrever em 1999 e finda em 2003, sorte a minha…

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